quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Coruja

Me vem um desejo
uma vontade interior que me pede
pra encontrar uma parte q foi perdida
que foi retida, guardada e camuflada.

o desejo tem sede própia e me guia...
me leva pro canto mais alto da laje
e me faz olhar o céu.

me pede pra abrir o peito
e sentir a brisa fria da madrugada
que entra ao peito com aquele sabor de vida

O céu encoberto por nuvens esconde a lua,
não deixando nenhum vestígio,
mas ao fundo uma estrela brilha, a única,
porem intensa e vibrante.
Ela muda de cores ...vermelho, azul, branco ...
branco.


Pisca como se me envia-se um código,
de olhos vidrados apenas fecho-os
e sinto a brisa...
que me traz lembranças de um céu estrelado...
eu apenas sinto.

Elas passam doces e fulminantes
frias e calorosas, eu apenas sinto-as,
elas são agradáveis como o seu olhar
e se tornam cada vez mais fortes.
Abro os olhos, a brisa levou consigo as nuvens
agora um céu brilhante de estrelas embaçadas por algumas lágrimas
me convida a passar a noite.

Ate que vem planando, majestosa e branca.
Com um único bater de asas, pousa ao meu lado
uma coruja, me olha fixamente, idem.
e me faz perguntas...
-quem sou?
não preciso dizer nada, ela lê meu olhar como se fosse um texto.
-o que faço?
ela sabe o que eu peço, e vai embora com todas as respostas.

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